ATA DA QUARTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 07-12-2005.
Aos sete dias do mês de dezembro do ano de dois mil
e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e trinta minutos, foi realizada a
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen
Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Mario Fraga, Maurício Dziedricki, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Sebastião
Melo e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
Vereadores Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Elias Vidal, Manuela
d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Raul Carrion e Valdir Caetano. Após, foi apregoado o
Memorando nº 240/05, firmado pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o
Vereador Márcio Bins Ely representará externamente este Legislativo no
descerramento da foto do Deputado Estadual Vieira da Cunha, hoje, às onze horas,
no espaço Oswaldo Aranha do Palácio Farroupilha. Também, foram apregoadas as seguintes
Emendas: de nº 02, proposta pelo Vereador Carlos Comasseto e assinada pelo
Vereador Carlos Todeschini, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 030/05 (Processo nº 0619/05); de nº 02, proposta pela Vereadora
Sofia Cavedon e assinada pelos Vereadores Carlos Todeschini, Líder da Bancada
do PT, Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Gerson Almeida, Maria Celeste e Margarete
Moraes; e de nº 03, de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada
do PP, subscrita pelo Vereador João Carlos Nedel, ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 010/05 (Processo nº 6539/05). Ainda, foi apregoado
Requerimento de autoria do Vereador Paulo Odone, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde do dia de hoje ao dia onze de dezembro do corrente, tendo o
Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Nilo Santos,
informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Todeschini comentou a participação
do Secretário Beto Moesch na Conferência sobre Mudanças Climáticas, iniciada no
dia vinte e oito de novembro do corrente, em Montreal, Canadá, declarando que
Porto Alegre é pioneira em ações de prevenção da poluição e do aquecimento
global. Sobre o assunto, analisou medidas de defesa do meio ambiente, implantadas pelo Partido dos Trabalhadores
quando à frente do Governo Municipal. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 079/99, 295, 312
e 313/05, os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 012 e
013/05; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 043/05, o
Projeto de Resolução nº 142/05, os Projetos de Lei do Legislativo nos
307 e 314/05. Na
ocasião, o Vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, deferido
pelo Senhor Presidente, solicitando seja considerada discutida a Pauta da
presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz abordou denúncias divulgadas pela imprensa, de
corrupção no Governo Federal, propugnando pela prisão dos envolvidos em uso
irregular de verbas públicas. Igualmente, criticou a gestão realizada pelo
Senhor Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República, chamando a atenção
para o desemprego resultante do encerramento das atividades de fábricas instaladas
no Rio Grande do Sul, especialmente no setor calçadista. O Vereador João
Antonio Dib leu trechos do livro “O Poder do Vereador”, de Fábio Nogueira
Lemes, acerca das restrições legais ao direito dos Vereadores de apresentar
emendas a projetos orçamentários encaminhados pelo Poder Executivo, asseverando
que o papel principal do Parlamentar é o de fiscalizar de forma efetiva e
contínua a aplicação das leis orçamentárias. Nesse sentido, reportou-se ao
Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, a ser apreciado durante a presente
Sessão. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA
e dada continuidade à votação do Projeto de Lei do Executivo nº 026/05,
iniciada durante a Centésima Oitava Sessão Ordinária, no dia cinco de dezembro
do corrente. Na ocasião, por solicitação do Vereador Luiz Braz, foi realizada a
leitura das Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, a serem
apreciadas na presente Sessão. Em prosseguimento, foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, por
dez votos SIM e vinte votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador
João Carlos Nedel, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti e Sofia Cavedon e Não os
Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen
Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor
Garcia e Sebastião Melo. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 11
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, por onze votos SIM e dezenove
votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelas Vereadoras Margarete Moraes e
Maristela Maffei e pelos Vereadores João Antonio Dib, Adeli Sell e Professor
Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado
Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Ervino
Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Nilo
Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Na ocasião, o Vereador
João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, solicitando a diminuição de
cinco para três minutos do tempo concedido aos Senhores Vereadores para encaminhamento
à votação do Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, tendo o Senhor Presidente
informado não haver consenso a respeito do assunto. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 23 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, por
doze votos SIM e dezoito votos NÃO, após ser encaminhada à votação pela Vereadora
Margarete Moraes e pelos Vereadores João Antonio Dib, Carlos Comassetto,
Professor Garcia e Carlos Todeschini, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Manuela d'Ávila, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Raul Carrion e Sofia
Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo,
Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mônica
Leal, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir
Caetano. Na oportunidade, o Vereador João Antonio Dib formulou Requerimento
verbal, solicitando seja efetuada reunião dos Líderes de Bancadas para analisar
a possibilidade de votação conjunta de Emendas apostas ao Projeto de Lei do
Executivo nº 026/05, tendo se manifestado a respeito a Vereadora Sofia Cavedon.
Também, em face de Questão de Ordem e manifestação formuladas pelo Vereador Professor
Garcia, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do artigo 173 do
Regimento, que dispõe sobre os encaminhamentos à votação de proposições por
parte destacada. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 27 aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, por dez votos SIM e dezoito votos NÃO, após
ser encaminhada à votação pelos Vereadores Margarete Moraes, Professor Garcia,
Sofia Cavedon e Carlos Todeschini, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti e Raul Carrion e Não os Vereadores
Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel,
José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Neuza Canabarro,
Nilo Santos, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 36 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, por
dez votos SIM e vinte e três votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelo
Vereador Adeli Sell, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói
Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei,
Maristela Meneghetti, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo,
Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza,
Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Mario Fraga, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Nilo
Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 37 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 026/05, por onze votos SIM e vinte e dois votos NÃO, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Manuela d'Ávila,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Raul
Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maurício Dziedricki,
Mônica Leal, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e
Valdir Caetano. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 68
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, por dez votos SIM e dezenove
votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Comassetto e
Carlos Todeschini, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães,
tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela
Meneghetti, Raul Carrion e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha,
Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino
Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Nilo Santos, Professor Garcia e Valdir Caetano. Às doze horas e cinco minutos,
constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de hoje à
tarde, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Elói Guimarães
e secretariados pelos Vereadores Nereu D'Avila e João Carlos Nedel. Do que eu,
Nereu D'Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Informamos que o Ver. Márcio Bins Ely está
representando a Câmara Municipal em ato alusivo ao descerramento da foto do
Deputado Vieira da Cunha no espaço Oswaldo Aranha, do Palácio Farroupilha, em
Porto Alegre.
Apregoamos a Emenda nº 03, de autoria do Ver. João
Antonio Dib, ao PLCE nº 010/05, que acrescenta parágrafo 3° ao art. 1° (Lê.):
“O IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) será utilizado no mínimo nos
próximos 04 (quatro) anos”; Emenda nº 02, de autoria do Ver. Carlos Comassetto,
ao PLL nº 030/05, que dispõe sobre a organização e a integração dos serviços
públicos de segurança municipal por meio das Áreas Integradas de Segurança
Pública, AISPs, e dá outras providências; Emenda Aditiva nº 02 ao PLCE nº
010/05, que estabelece a utilização do IPCA como indexador da Unidade
Financeira Municipal.
O Ver. Paulo Odone solicita Licença para Tratamento
de Saúde no período de 7 a 11 de dezembro.
(Obs.: Foi apregoado Requerimento de licença do
Ver. Paulo Odone e dada a posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)
Conforme entendimento firmado pela Mesa Diretora da
Casa, bem como pelas Lideranças, nós estabelecemos uma ordem de votação para a
presente Sessão Extraordinária, evidentemente, dentro dos cânones regimentais.
Em um primeiro momento, será discutida a Pauta, e, posteriormente, passaremos à
Ordem do Dia, conforme os Projetos distribuídos em avulso aos Srs. Vereadores.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Bom-dia, Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e assistência desta
Sessão, hoje nós vemos, pelas notícias dos jornais, que a cidade de Porto
Alegre se faz representar no Canadá, num evento internacional sobre o clima,
através do Secretário do Meio Ambiente, Sr. Beto Moesch, que participa do Fórum
da Rede Internacional das Cidades para o Clima. É importante que se registre,
Ver. Comassetto, que Porto Alegre é uma das cinco cidades protagonistas dessa
Rede Internacional, é uma das cinco cidades pioneiras, por ter liderado, por
muito tempo, iniciativas importantes que previnem as ações de poluição e as
questões do aquecimento global.
As ações pioneiras no Brasil e no mundo aconteceram
de forma destacada, por exemplo, nas ações relacionadas ao transporte coletivo,
ao controle das emissões gasosas, à utilização dos combustíveis menos
poluentes, como o diesel para as
cidades metropolitanas, com menor teor de enxofre. Houve uma série de
atividades de dinâmica gerencial do transporte que abreviam e diminuem a
emissão de poluentes, e foi montado um sistema de monitoramento da qualidade do
ar em pontos fixos da Cidade, controlados religiosamente durante esses anos
todos de Administração Popular. Temos também a criação do sistema cicloviário
da Cidade, obra vinculada, inclusive, à exigência da liberação do processo de
licenciamento da 3ª Perimetral, bastante importante para a nossa Cidade, obra
já em fase avançada de desenvolvimento, contratada e iniciada na Administração
Popular.
Apesar de tudo isso, apesar do atual Secretário
nunca ter reconhecido o nosso trabalho, tudo isso que está sendo apresentado,
Verª Sofia, foi construído, foi montado, foi desenvolvido com sucesso pela
Administração Popular. De fato, nós não esperamos grandeza do Sr. Secretário,
que, aliás, sempre menosprezou e sempre desconheceu aquilo que foi construído
ao longo do tempo, no entanto agora apresenta isso como uma das grandes coisas
do mundo. Absolutamente todas as iniciativas apresentadas têm origem na
Administração Popular. Não há nenhuma ação inovadora, de destaque, do atual
Governo. Absolutamente todas as realizações apresentadas no Canadá são de
iniciativa, de desenvolvimento e de realização da Administração Popular, mas a
Cidade sabe quem faz acontecer.
Nós esperamos que o Secretário seja um bom
porta-voz das realizações da Administração Popular. E gostaríamos de solicitar
cópia, inclusive, para a Câmara, daquilo que está sendo apresentado lá no
Canadá, para testemunhar a origem, a iniciativa e a construção das ações que
tiveram destaque e que hoje marcam Porto Alegre no cenário mundial. Se isso
aconteceu, é porque alguém fez acontecer. Obrigado, abraços a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR (Art. 151 do
Regimento)
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
N. 1916/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 079/99, de autoria do Ver. Antonio Losada, que
torna obrigatória a prestação de serviços de empacotamento nos estabelecimentos
comerciais denominados “supermercados” que possua área construída computada
superior a 3.000m2. Com Emenda n. 01. (desarquivado pela Verª Maristela
Maffei)
PROC.
N. 6363/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 295/05, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que
institui monumento em homenagem a Cantora Elis Regina.
PROC.
N. 6788/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 312/05, de autoria da Verª Maria Celeste, que institui o Dia do
Conselheiro e da Conselheira Tutelar no Município de Porto Alegre, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de novembro.
PROC.
N. 6817/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 313/05, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Azul Marinho Castilhos.
PROC.
N. 6935/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 012/05, que altera, inclui e revoga dispositivos
da Lei Complementar n. 07, de 07 de dezembro de 1973, e alterações posteriores; altera e inclui
dispositivos na Lei Complementar n. 306, de 23.12.93 e dá outras providências.
(ISSQN) Com Emenda n. 01.
PROC.
N. 6944/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 013/05, que dispõe sobre a Aprovação e
Licenciamento de Projetos Arquitetônicos, para construção e/ou reciclagem de
prédios para Escolas de Educação Infantil e Instituições de Educação Infantil,
modificando a Lei Complementar n. 284, de 29 de dezembro de 1992, e a Lei
Complementar n. 434, de 1º de dezembro de 1992.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 6537/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 043/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que revoga o inciso II do § 4º do art. 20 da Lei Complementar n. 07, de 07 de
dezembro de 1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os
tributos de competência do Município.
PROC.
N. 6690/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 142/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que concede o
prêmio de Educação Thereza Noronha ao Professor Juan José Mouriño Mosquera.
PROC.
N. 6744/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 307/05, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que denomina Rua
Rubens Mario Garcia Maciel um logradouro público cadastrado, localizado no
Loteamento Nova Ipanema Green.
PROC.
N. 6833/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 314/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Jorge Amado um logradouro público não-cadastrado, localizado
no Bairro Mário Quintana.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Sr. João
Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, não deveríamos ter
Pauta neste momento, porque estamos num período muito difícil, no término da
Sessão Legislativa, e esses Projetos não serão apreciados. Por isso este
Vereador pede que seja considerada corrida a Pauta, que não seja debatida, para
que nós possamos entrar na Ordem do Dia, já que temos de discutir o Orçamento
ainda. Saúde e PAZ!
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sou grato a
V. Exª, Ver. João Antonio Dib, que fala em nome dos inscritos na Pauta,
devidamente acordado, e damos por corrida a presente Pauta.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói
Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em qualquer país
decente do mundo, nós teríamos um número muito grande de prisões de governantes
do país, porque o que está sendo anunciado, Vereador-Presidente, todos os dias,
nas emissoras de rádio, de televisão, nas revistas, nos jornais, de roubos que
são praticados contra a nossa economia e que infelicitam o povo brasileiro é
uma coisa que deveria merecer, realmente, a prisão das pessoas responsáveis por
tais ilicitudes. Depósito de um milhão de reais na conta do Vice-Presidente da
República, o Sr. José Alencar! Ninguém sabia, ninguém sabia de onde. Um gasto
que o Partido dos Trabalhadores fez de onze milhões de reais com a empresa do
Vice-Presidente da República, e, se não bastasse isso, a revista Veja desta
semana está publicando que os agentes ligados ao Governo e ao PT fazem os
fundos de pensão - que são, na verdade, os institutos mais ricos do País - dar
prejuízo, para que, é claro, alguém lucre com esses prejuízos. Existe uma
lucratividade enorme por parte desses agentes - e, claro, eles são acobertados
por entes de Governo - com o prejuízo dos fundos de pensão, porque lá está, na
verdade, uma grande parte do dinheiro do nosso Tesouro.
E, por causa disso tudo, Ver. João Dib, com todos
esses roubos praticados contra a economia nacional, sem que haja nenhuma prisão
até agora de dirigentes petistas e de dirigentes aliados ao PT, vem agora a
notícia de mais desempregos aqui no nosso Rio Grande do Sul: quarenta fábricas foram
fechadas. E eu não vejo, Ver. João Dib, nada sendo feito no nosso Rio Grande do
Sul para que possamos, realmente, ter uma modificação nesse quadro. Não é só
culpa do Governador, não é só culpa das autoridades estaduais, isso tudo vem
acontecendo graças a esse massacre que o Governo Federal está fazendo com
relação a todos os Estados, mas, principalmente, ao nosso Rio Grande do Sul.
Com quarenta fábricas fechadas, imaginem só o
número de desempregados que nós teremos nas ruas, imaginem só o drama nessas
regiões todas! E eu só escuto discursos de que as Administrações petistas são
maravilhosas, mas acredito que agora é um caso de Polícia Federal, porque o que
está acontecendo é um achincalhe à nossa população, à honestidade da nossa
população.
Toda a fome, todo o desemprego, toda a infelicidade
que há no País se devem, exatamente, a este homem que soube viajar durante
praticamente todo o tempo em que esteve presidindo - entre aspas - a nossa
Nação; tudo isso se deve a um Partido que infelizmente só soube roubar, não
soube administrar o nosso País. E aí dizem que o Lula é honesto. O Lula foi
eleito com o dinheiro desse roubo! Todo esse roubo que foi praticado contra a
Nação brasileira, Ver. Sebenelo, é que elegeu o Sr. Lula da Silva, um homem que
não sabe de nada, que nada vê, mas que está presidindo este País. E,
infelizmente, para nossa indignação, não há uma só ação contra esse homem,
parece que tudo está normal, mas há cada vez mais fome, mais desemprego, e a
única coisa realmente boa que existe são as notícias que saem na imprensa.
Apesar de quarenta fábricas fechadas, a notícia que
se vê na imprensa é que o desemprego está diminuindo, que a riqueza está
aumentando, que a pobreza está diminuindo. Mas como é que pode isso? Sem
fábricas abertas, com tanto desemprego, como é que pode aumentar a riqueza?
Como é que se pode falar em diminuição do desemprego? Eu só posso atribuir a
uma coisa: ao “valerioduto”, que não cessou! O “valerioduto”, esse dinheirão
que vai para as agências de publicidade, todo esse dinheiro que vai para as
agências de publicidade é que faz com que essas notícias sejam extremamente
positivas com relação ao Governo. Mas aqui está (Mostra jornal.): são quarenta
fábricas fechadas. Quarenta fábricas fechadas no nosso Estado do Rio Grande do
Sul, não é uma, duas, são quarenta! Quantos desempregos, quanta pobreza, quanta
infelicidade, enquanto o seu Lula da Silva cai na risada e só fica de bom humor
tomando uísque de primeira qualidade!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, em recente debate que
travei com Vereadores desta Casa no Canal 16, afirmei com tranqüilidade que o
Vereador não deveria fazer emendas ao Orçamento, deveria, sim, fiscalizar com
muito rigorismo a execução orçamentária.
No ano de 2001, consegui o livro “O Poder do
Vereador” e distribuí para umas duas dezenas de Vereadores desta Casa. Em 2005,
eu não consegui encontrar novamente o livro, que eu gostaria de oferecer a
alguns Vereadores, mas ainda vou tentar mais uma vez em São Paulo, vou ver se
consigo.
Do livro “O Poder do Vereador”, eu quero destacar e
fazer a leitura - depois também vou distribuir para os Vereadores - de um
trecho (Lê.): “Para ser exercitado o direito de emendar em matéria
orçamentária, o Legislador constitucional embutiu várias restrições, somente
permitindo aprovação das emendas concordes com a estrutura da proposta, com o
Plano Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e, por fim, que
indiquem recursos necessários, os quais não podem ser sonegados às dotações para
pessoal e seus encargos e nem aqueles destinados ao pagamento da dívida pública
municipal.
“Essas restrições foram impostas para evitar-se que
o Legislativo usurpasse funções do Executivo, pois é a ele que compete
privativamente dispor sobre o Orçamento, e, se o direito de emendar fosse
ampliado, a Peça Orçamentária, refletindo os variados interesses do
Legislativo, quando aprovada com emendas diversas, estaria completamente
desfigurada, sendo sua execução tarefa sumamente dificultada.
“Deve o Vereador saber que o Orçamento não é um
amontoado de números juntados por acaso, e nem que a Peça Orçamentária e o
Plano Plurianual são figuras de retórica que não serão cumpridas.
“O Orçamento é a ferramenta de trabalho mais
importante da Administração Pública, e, se a Constituição impõe ao Vereador, na
qualidade de agente político da cidade, o dever de apreciar e fiscalizar o Orçamento,
é porque essa é a maneira mais eficiente de se concretizar os objetivos do bem
comum em nível municipal.”
Eu estou lendo, porque nós vamos discutir as
Emendas destacadas, e, na segunda-feira, entendeu este Vereador que deveria ter
sido continuada a Sessão até o término da discussão das Emendas destacadas,
pois o dia 5 era o último dia para a aprovação ou rejeição do Projeto da Peça
Orçamentária. Portanto quero chamar a atenção dos Srs. Vereadores e até de
alguns que vão à rádio dizer que a Câmara não produz e quantas vezes vão à
tribuna para dizer coisa nenhuma; neste momento, eu estou dizendo que nós
precisamos encontrar uma solução para as tantas Emendas destacadas que aí
estão. Eu confio no bom senso dos meus nobres Pares. Que nós possamos, na manhã
de hoje, encerrar em definitivo a votação do Orçamento. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Havendo
quórum, passamos à
(encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6101/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 026/05, que estima a Receita e fixa a Despesa do
Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2006. Com
Mensagens Retificativas nos. 01, 02 e 03. Com Emendas nos. 01 a 109, 111, 173 a
199. Com Subemendas nos. 01 às Emendas 03, 11, 13, 27, 35, 38, 39, 44, 45, 46,
47, 48, 49, 69, 82, 99, 103, 111 e 184.
Parecer:
-
da CEFOR. Relator Ver. Professor Garcia:
a) Pela aprovação do Projeto, do
Orçamento de Investimentos das Empresas 2006 – PROCEMPA, CARRIS e EPTC – e das
Mensagens Retificativas nos 01 e 02.
b) Pela aprovação das Emendas nos
01, 04, 07, 10, 12 a 14, 21, 25, 28 a 33, 39 a 42, 49, 50, 54 a 62, 65,
71, 72, 74, 75, 90 a 92, 95, 96, 102, 104, 109, 178 a 180, 182, 185, 190, 191,
193 a 196, e das Subemendas nos 01 às Emendas nos 13, 39
e 99.
c) Pela rejeição das Emendas nos 02, 03, 05,
06, 08, 09, 11, 15 a 20, 22 a 24, 26, 27, 28-A, 34 a 38, 43 a 48, 51 a 53, 63,
64, 66 a 70, 73, 76 a 89, 93, 94, 97 a 101, 103, 105 a 108, 111, 173 a 177, 181, 183, 184, 186 a 189, 192,
197 a 199, e das Subemendas nos 01 às Emendas nos 03, 11,
27, 35, 38, 44 a 49, 69, 82, 103, 111 e 184.
Observações:
- para aprovação, maioria simples de
votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – Art. 53, “caput”, c/c Art.
82, “caput”, da LOM.
- o Projeto será votado com as Emendas
com Parecer pela aprovação, nos termos do
Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- para a votação em separado de Emenda
com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito
por um terço dos membros da Casa – Art.
120, VI, do Regimento da CMPA;
- após a aprovação de Parecer na CEFOR e
durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (Art. 120, § 1º, do
Regimento);
- foram retiradas as Emendas nos. 110,
112 a 172;
-
incluído na Ordem do Dia em 01-12-05;
-
aprovado o Projeto com as Mensagens Retificativas nos. 01, 02 e 03, as Emendas
nos. 01, 04, 07, 10, 12 a 14, 21, 25, 28 a 33, 39 a 42, 49, 50, 54 a 62, 65,
71, 72, 74, 75, 90 a 92, 95, 96, 102, 104, 109, 178 a 180, 182, 185, 190, 191,
193 a 196 e as Subemendas n. 01 às Emendas nos. 13 e 39, em 05-12-05.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Raul
Carrion, ao PLE nº 026/05, destacada pela Verª Manuela d’Ávila. (Pausa.)
O SR. LUIZ
BRAZ (Requerimento): Eu solicito que cada Emenda seja lida para que
todos os Vereadores possam saber o que estão votando.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Emenda nº 02, destacada pela Verª Manuela d’Ávila.
A referida Emenda propõe (Lê.): “Realizar a ampliação e a readequação das áreas
físicas dos pronto-atendimentos do Município e de seus turnos de atendimento”.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Raul Carrion, ao PLE nº
026/05, destacada pela Verª Manuela d’Ávila. (Pausa.) (Após a chamada nominal.)
REJEITADA por 10 votos SIM e 20 votos NÃO.
Emenda nº 11 ao PLE nº 026/05 (Lê.):
“Especificação: subvenções sociais. Valor: 60 mil reais. Justificativa: ampliar
recursos para atendimento a crianças e adolescentes vítimas de exploração
sexual...”
Em votação a Emenda nº 11, de autoria da Verª
Margarete Moraes, ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver Carlos Todeschini.
(Pausa.) A Verª Margarete Moraes, como autora, está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 11 ao PLE nº 026/05.
A SRA.
MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público que assiste a esta Sessão, em primeiro lugar é preciso
dizer que, pela primeira vez, estão acontecendo fatos lamentáveis que nunca
aconteceram na história da Câmara
Municipal de Porto Alegre. Não posso
deixar de falar, mais uma vez, a respeito da postura de um Secretário de
Governo que inverteu totalmente a sua função ao vir aqui, refiro-me ao
Secretário Cássia. É obrigação do Secretário prestar esclarecimentos para esta
Casa, e ele inverteu, ofendeu os Vereadores e não defendeu a posição do
Governo. Acho isto muito grave: um Secretário de Governo não defender a posição
do seu Governo. Isso deve ser muito bem apreendido pela população de Porto Alegre.
Sobre a minha Emenda, quero dizer que se trata do
Projeto Sentinela, Projeto do Governo Federal contra o turismo sexual. No
exterior, a visão que as pessoas têm a respeito disso, principalmente as
pessoas que vão ao Nordeste, ao Rio de Janeiro, não é algo bom para nós; agora,
esse turismo sexual é muito pior porque diz respeito à exploração sexual de
crianças e de adolescentes em nosso País. Isso, infelizmente, ainda faz parte
da realidade brasileira e não se combate com discurso, combate-se com políticas,
e políticas exigem investimentos, sem dinheiro não se faz política. Essa é uma
bandeira nacional de todas as pessoas, de todos os políticos que são democratas
neste País, mas, especificamente, Ver. Nilo, é uma bandeira das mulheres.
Então,
eu queria chamar a atenção de todas as mulheres desta Casa e dos homens que são
democratas, porque a Senadora Patrícia Saboya, que era do PPS e agora é do PSB,
junto com a Deputada Maria do Rosário percorreram todo o Brasil conscientizando
pais, professores, pedagogos a respeito desse assunto, para que o Brasil se
livre desse mal que é a exploração sexual de crianças e adolescentes. Quanto às
Prefeituras e aos Estados, cabe-lhes a contrapartida, a implementação dessas
políticas, Verª Clênia Maranhão.
Como
estavam previstos apenas vinte mil reais para o Projeto Sentinela, eu coloquei
um aporte de mais sessenta mil reais, que considero muito pouco, porque o
dinheiro maior vem todo do Governo Federal, e houve uma justificativa técnica
que foi prejudicada porque a origem que coloquei, ou seja, de onde viria o
dinheiro, vejam bem, pasmem, era a publicidade, que foi triplicada em relação
aos Governos da Administração Popular. Havia tanta crítica ao gasto com
publicidade, e, agora, um Projeto que combate a exploração sexual de crianças e
adolescentes, Verª Mônica, é prejudicado em nome da publicidade.
Essa é uma bandeira das mulheres. Nenhuma mulher
gostaria de ver seu filho, sua filha sendo explorados e violentados
sexualmente. Então, é uma bandeira justa e social, não é específica, é ampla
para toda a Cidade. E eu sou humilde, fui aos Técnicos desta Casa e perguntei
se havia algum erro técnico nesta Emenda, e fiquei sabendo que não havia, ela
estava tecnicamente correta. Se ela estava tecnicamente correta, se o seu mérito
é indiscutível, eu não posso acreditar que esteja acontecendo uma perseguição
política porque se trata de uma Emenda apresentada por uma Vereadora do
PT.
Portanto, para corrigirmos isso, eu peço apoio de
todos os meus Pares, de todos os Vereadores e Vereadoras democratas, de boa
vontade, que querem construir o futuro deste País. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 11 ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver.
Carlos Todeschini.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, quero chamar a atenção deste Plenário e, em
especial, dos membros da Frente Parlamentar das Crianças e Adolescentes da
cidade de Porto Alegre. Eu quero dialogar com o Ver. Sebastião Melo, com a Verª
Mônica, com a Verª Neuza Canabarro e nem preciso referir a Bancada da Frente
Popular, porque estão assinando juntos, mas, em especial, peço a atenção desses
segmentos, desses Partidos que são da base de sustentação do Governo. O Ver.
Sebastião Melo, que está aqui no plenário, é Relator, inclusive, nessa
Comissão.
No Rio Grande do Sul, a partir deste ano, por meio
da política do Governo Federal, 41 Municípios foram incluídos no Projeto
Sentinela. Na Conferência Municipal de Assistência Social, juntamente com a
Diretora da FASC, a Brizabel, juntamente com o representante do Ministério
aqui, o Sr. Russo, foi assumido um compromisso, Ver. Professor Garcia, no
sentido da complementação de verbas para investimento nesse Projeto. Nós todos
sabemos que criança não se prostitui, ela é explorada sexualmente. Verª Clênia
Maranhão, quero dialogar com a senhora, Vereadora, que é uma legítima
representante dos Direitos Humanos em relação a essa preocupação. A respeito
dessa questão, o Prefeito Fogaça dizia que no Orçamento criança seria
prioridade! É simbólico que esta Casa vote esta Emenda pela responsabilidade
que nós temos em relação a essa política! Não pode haver um viés de disputa
ideológica, porque criança não pode ser tratada como retalho! Criança não pode
ser tratada como uma disputa, uma mera queda de braço, porque um segmento tem a
maioria. Verª Mônica, V. Exª esteve junto conosco discutindo o tempo todo:
esta é um Emenda solicitada, inclusive, pelo Fórum da Criança e do Adolescente.
Quantos debates nós tivemos aqui! Portanto, nós e o conjunto das Bancadas da
Câmara Municipal de Porto Alegre queremos reiterar essa legitima reivindicação,
e quero parabenizar a companheira Margarete Moraes, que teve essa brilhante
idéia.
Num primeiro momento, no
Plurianual, Ver. João Antonio Dib, ainda na LDO, o Secretário Portella me disse
claramente: “Verª Maristela Maffei, a senhora não se preocupe...” Eu gostaria
muito que o Secretário Portella estivesse aqui para afirmar o que eu estou
dizendo neste plenário: “A senhora não se preocupe, porque essa Emenda vai ser
aprovada no Orçamento.” Então, eu gostaria muito que o Secretário Portella
estivesse aqui para reafirmar o que eu estou dizendo, pois ele nos
tranqüilizou, e assim fez a Verª Margarete Moraes, assinando esta Emenda tão
importante.
Dessa forma, senhoras e
senhores, quero novamente solicitar a sensibilidade, em especial, da Bancada da
situação, no sentido de que vote favoravelmente, não derrube a forma que nós
temos de lutar contra a exploração sexual nesta Cidade, afirmando, cada vez
mais, as políticas do Projeto Sentinela. Muito obrigada.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, eu vou ler de novo um trecho do livro “O Poder do Vereador”
(Lê.): “Deve o Vereador saber que um Orçamento não é um amontoado de números
juntados por acaso, e nem que a Peça Orçamentária e o Plano Plurianual são
figuras de retórica que não serão cumpridas.”
A nobre Verª Maristela
Maffei acaba de defender a Emenda da Verª Margarete Moraes. Vinte mil reais
realmente não vão resolver o problema das crianças, sessenta mil reais também
não, mas a rubrica aberta dá condições de o Prefeito, se tiver mais recursos,
fazer suplementação. E eu gostaria de chamar a atenção no sentido de que a Verª
Maristela Maffei, quando fez uma Subemenda alterando o destino dos recursos,
alegou: “A presente Subemenda busca corrigir a Unidade Orçamentária, que foi
erroneamente informada”, colocando a Unidade
Orçamentária como 6004.
Se a Unidade Orçamentária erroneamente informada,
se não foi pedida a votação da Subemenda pela nobre Relatora, Verª Maristela
Maffei, eu acho que nós não temos mais o que discutir, senão dizer não,
encerrar e passar para a próxima. Eu acho que nós devíamos ter muito mais rapidez
na votação. E proponho ao Plenário, Sr. Presidente, que em vez de cinco minutos
sejam três minutos apenas para discussão e encaminhamento de votação. Voto
contrariamente a Emenda. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 11 ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver.
Carlos Todeschini.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, nós estamos defendendo
a Emenda da Verª Margarete Moraes, porque estamos vendo diariamente, na cidade
de Porto Alegre, o escândalo da exploração sexual de meninas, meninos,
adolescentes, pré-adolescentes, crianças praticamente.
Há alguns dias, eu contatava a Delegacia da Criança
e a Brigada Militar, porque meninas do bairro Intercap desciam até a Av.
Ipiranga e ali se prostituíam. Diligentemente a Brigada Militar, na quinta ou
sexta-feira, fez uma operação e inclusive prendeu um sujeito que estava com uma
menor. Sugiro que passem, à noite, na Av. Carlos Barbosa esquina Rua Oscar
Schneider e verifiquem o escândalo de meninas se prostituindo nesse local.
Todas as noites são assim! São freqüentes os pedidos que nos chegam, de
Ipanema, para que se faça alguma coisa a fim de coibir a prostituição dessas meninas.
É assim no Porto Seco; é assim em vários e vários pontos da Cidade, para não
falar na Av. Farrapos e na Rua Garibaldi, locais por demais conhecidos por todos.
Por isso, nós precisamos de uma verba mínima. A
história de deixar a rubrica em aberto para que o Executivo decida quanto vai
colocar eu já conheço. Ela é velha, muito velha! Eu prefiro coisas novas,
ousadas, em que o Legislativo não se omita, que tome posição e comece a
pressionar os Governos - não só o atual Governo, mas qualquer Governo - para
que o nosso Orçamento seja efetivamente discutido. Nós temos servidores
públicos que podem dar todas as dicas, todas as informações, toda a assessoria
necessária para qualquer tarefa dentro da Prefeitura. Não precisamos de tanta
publicidade, nós podemos usar o dinheiro da publicidade e das consultorias para
atividades-fins, como são, de fato, as lutas que devem ser travadas contra a
prostituição infanto-juvenil, que é uma chaga nesta Cidade.
O Brasil, infelizmente, é conhecido, como disse a
Verª Margarete, pelo turismo sexual, e nós queremos estar na vanguarda dessa
luta, desse combate, por isso estamos defendendo esta Emenda. Dinheiro é
necessário, sim, para as atividades mínimas, e eu sei, eu tenho a convicção de
que o dinheiro só não basta, Ver. João Dib, é preciso haver ações integradas
entre a FASC, os Conselhos Tutelares - muitos deles inoperantes -, a Delegacia
da Criança, a Brigada Militar, que prendeu, por exemplo, um sujeito que estava
com uma menor dias atrás na Av. Ipiranga; essa menina vinha do bairro Intercap.
Eu sei que seremos cobrados pelos encaminhamentos
que faremos, e quero dialogar com o senhor e com a senhora que assiste à
TVCâmara, porque, quando criticamos que durante o ano foram feitas muitas
homenagens, que foi tirado o quorum muitas vezes... Agora dizem que a nossa
Bancada estaria fazendo obstruções; sim, estamos fazendo obstruções! Sim, nós
vamos utilizar todos os tempos possíveis e imagináveis, e não importa se
teremos que trabalhar na madrugada, pois estamos aqui sendo pagos para isso. A
oposição tem que ter o direito de reclamar, porque é um absurdo recebermos,
nesta semana, a visita de um Secretário e sermos xingados aqui, quando o
Secretário teria que vir aqui para dar explicações. Por isso, sim, vamos querer
que essas Emendas sejam discutidas, e que o ônus pela sua negação e sua derrota
sejam daqueles que são hoje responsáveis pelo Governo em Porto Alegre. A
oposição não se calará. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós queremos submeter à
deliberação do Plenário a proposição feita pelo Ver. João Antonio Dib de que,
em vez dos cinco minutos regimentais, se faça a discussão e o encaminhamento da
votação em três minutos, dado o volume da matéria. Se não houver consenso, eu
não submeterei à deliberação. Tratando-se de matéria regrada pelo Regimento,
para alterar tem de haver o consenso do Plenário. (Pausa.) Não há acordo.
O Ver. Professor Garcia
está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11 ao PLE nº 026/05,
destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, gostaria que prestassem atenção sobre o que vai ser colocado. A
Verª Margarete, na sua fala, colocou que ela estava retirando verbas da
publicidade. Por gentileza, gostaria que vocês prestassem atenção na Emenda da
Vereadora. Origem dos recursos (Lê.): “Fundação de Assistência Social e
Cidadania”. Essa é a origem, Vereadora? Então, volto a dizer, V. Exª propôs
tirar verbas da própria FASC para a própria FASC. E, na sua justificativa, V.
Exª diz (Lê.): “Ampliar recursos para atendimento a crianças e adolescentes
vítimas de exploração sexual, pois com o recurso atualmente previsto” - olhem
só, já há um recurso previsto de vinte mil reais - “é improvável que seja viabilizado
atendimento adequado a esse público.” Então a Vereadora propõe da FASC para a
FASC, não foi verba de publicidade. Na especificação, ela coloca: “Outros
serviços de terceiros - pessoa jurídica”. É a rubrica que V. Exª mesmo colocou,
e a Relatora, Ver. Maristela Maffei, rejeitou
a sua Emenda, colocando na Justificativa o seguinte (Lê.): “A presente
Subemenda busca corrigir a Unidade Orçamentária, que foi erroneamente
informada”. Quem coloca isso não é este Vereador, é a Verª Maristela Maffei,
Relatora.
Ora, deveriam ser
destacadas a Emenda e a Subemenda. Então, na realidade, há dois erros: foi
destacada a Emenda, e a Verª Maristela Maffei, Relatora anterior, fez uma
Subemenda corrigindo, porém não foi destacada a Subemenda. Então, na realidade,
há dois vícios. Por isso eu quero trazer essa Justificativa para esclarecer,
porque, em momento nenhum, a Cidade está contra essa situação, pois nós temos,
sim, cada vez mais, que privilegiar esses fóruns, o entendimento da questão, o
cuidado e o zelo que temos de ter com a criança. Só que, Ver. Adeli Sell - e
isto é para V. Exª também, Vereador -, temos que ter o cuidado, porque, senão,
as informações saem de forma inverídica.
Este Vereador, de forma clara, quer justificar que,
primeiro, já existem vinte mil reais; segundo, não foi retirada verba de
publicidade. A Vereadora-Relatora anterior coloca uma Subemenda e diz, no
próprio texto, que é para corrigir uma Emenda que foi erroneamente informada;
não foi destacada a Subemenda, e foi destacada a Emenda. Não temos a mínima
condição de aprovar. Agora, a questão da dialética é importante, mas nós temos
de ser claros e dizer a verdade, também, para a população de Porto Alegre.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 11, de autoria da Verª
Margarete Moraes, ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
(Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADA por 11 votos SIM e
19 votos NÃO.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, eu verifico que já são quase dez
para as onze, um pouco mais de doze minutos para as onze horas, e nós votamos
duas Emendas destacadas, sendo que uma delas não tinha por que ser votada, até
porque a própria Relatora, inicialmente, estava equivocada. Se nós usarmos três
minutos para cada Vereador que for encaminhar a matéria, considerando que dois
da oposição usem os três minutos, e um da situação use os três minutos para
explicar, nós teremos 297 minutos - são cinco horas. Nós trabalhamos para a
Cidade. Isso não contando o tempo que se leva para fazer a contagem dos votos,
porque a votação é nominal, e o painel não está funcionando.
Portanto, eu acho que as Lideranças deveriam se
reunir e examinar algumas Emendas que possam ser votadas em bloco. Foi o que
sempre aconteceu em todos os anos, quando nós éramos oposição, e eles,
situação. Eu acho que precisa ser examinado. Nós não podemos brincar de
Vereadores. Nós sabemos o resultado das votações. Então, seria mais
inteligente, mais sensato, mais responsável fazer uma reunião das Lideranças e
buscar a solução para esse problema.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Elói
Guimarães, com todo o respeito que tenho pelo Ver. Dib, nós não concordamos com
o encaminhamento; nós não estamos brincando de legislar. A nossa Bancada, da
Frente Popular, votou a favor da prorrogação da Sessão de segunda-feira,
portanto queremos fazer o debate político, pois não foi à toa que colocamos
Emendas ao Orçamento e que elas foram destacadas.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação a
Emenda nº 23, de autoria da Verª Margarete Moraes, ao PLE nº 026/05, destacada
pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) A Verª Margarete Moraes está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 23 ao PLE nº 026/05, destacada
pelo Ver. Carlos Todeschini.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero cumprimentar
o nosso Presidente, Ver. Elói Guimarães, por seguir o nosso Regimento,
exatamente como deve ser, apesar de tantas insistências para que não se discuta
nada e para que apenas se vote. Na verdade, sabe-se que há um verdadeiro rolo
compressor; já se sabe o resultado da votação, independendo do teor e do mérito
das Emendas. Como muito bem disse a Verª Sofia, nós queremos trabalhar e temos
o direito e o dever, Ver. João Antonio Dib, de colocar as nossas idéias. Nós,
da oposição, fomos eleitos com esse projeto, queremos discutir com o nosso
projeto e colocar para a população as nossas idéias.
Na verdade, há uma situação bastante difícil em
relação ao carnaval nesta Cidade: faz vinte anos que o carnaval não consegue um
espaço digno à sua expressão, à sua manifestação. O Prefeito João Verle fez um
trabalho magnífico no Complexo Cultural do Porto Seco, ele deixou mais da
metade pronto, e não há previsão de continuidade dessas obras. Deve ser porque
o povo carnavalesco é pobre e negro, acho que é por isso. Não há nenhuma
previsão, nenhuma! Pasmem os senhores! É um povo sofrido, eu participei disso.
O Prefeito Raul Pont e o Prefeito Tarso Genro tentaram implementar esse
projeto, mas foi o Prefeito João Verle que conseguiu.
Então, coloquei apenas 350 mil reais para abrir uma
janela a fim de dar andamento, continuidade às obras do Porto Seco, e não há um
centavo - os carnavalescos vão saber disso - para as obras. Está tudo parado.
Na Justificativa, Ver. Dib, há uma mentira, dizem que há obras em andamento.
Não há, está abandonado, tiraram o carro da ronda, o carro da segurança, os
cabos de luz foram todos roubados, nas oficinas das escolas de samba há
iluminação irregular, eles puxaram um “gato” da CEEE para poder ter luz nas
suas oficinas. Renegociaram os barracões e não entregaram, não cumpriram o que
prometeram ao povo do carnaval.
É apenas uma janela, uma possibilidade de colocar
um mínimo de 350 mil reais para poder conseguir novos financiamentos, porque se
trata da cultura mais importante da nossa brasilidade, que é a contribuição da
cultura negra. Eles estão sendo prejudicados. Com essa posição - segundo o Ver.
Dib, já se sabe o resultado de tudo -, serão os carnavalescos, os pobres e os
negros da cidade de Porto Alegre os prejudicados.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 23 ao PLE
nº 26/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu vou ler novamente o
que eu já li aqui (Lê.): “...se o direito de emendar fosse ampliado, a Peça
Orçamentária, refletindo os variados interesses do Legislativo, quando aprovada
com emendas diversas, estaria completamente desfigurada, sendo sua execução
tarefa sumamente dificultada. [...] O Orçamento é a ferramenta de trabalho mais importante da Administração Pública, e, se a
Constituição impõe ao Vereador, na qualidade de agente político da Cidade, o dever de apreciar e fiscalizar o Orçamento, é porque essa é a
maneira mais eficiente de se
concretizar os objetivos do bem
comum em nível municipal .”
Se cada Vereador fosse à tribuna discutir a Emenda,
não seriam necessários mais do que dois minutos, mas ficam cinco minutos
dialogando sobre muitas outras coisas. Esta Emenda está sendo feita em cima de
uma obra em andamento, cuja conclusão está prevista para 2007, então não há por
que fazer emendas. O Executivo está trabalhando em cima dessa obra. Acho que
nós não podemos personalizar as emendas para dizer: “Eu fiz a Emenda”.
Portanto, voto contrariamente a Emenda em destaque
e espero que haja bom senso. Quando eu disse que não podemos brincar de
Vereador, utilizei uma expressão talvez um pouco forte, mas nós sabemos os
resultados, nós sabemos que devemos ser eficientes em nome da Cidade. Nós
deveríamos ter entregue esta Peça votada no dia cinco; hoje é dia sete, o dia
de Pearl Harbor, quando os japoneses atacaram os Estados Unidos
de surpresa. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 23 ao PLE
nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; colegas Vereadores, colegas
Vereadoras, público que nos assiste, Ver. João Dib - V. Exª que é um decano
desta Casa e que construiu as regras para que nós possamos aqui nos relacionar
-, o debate que estamos fazendo hoje aqui nada mais é do que cumprir o
Regimento construído ao longo dos anos e aperfeiçoado a cada Legislatura. Nesse
sentido, sinto-me totalmente à vontade e muito tranqüilo para encaminhar em
nome do Partido dos Trabalhadores, porque a construção de uma cidade, Ver.
Sebenelo, não é uma construção estanque, que se dá com cortes de uma gestão
para outra, ela é um processo, tem que ser um processo, e todas as afirmações
políticas, obras e projetos que são bem concebidos e afirmados pela Cidade têm
que ter continuidade, e uma continuidade qualificada.
E aqui quero fazer a primeira referência a essa
continuidade qualificada. O processo da Pista de Eventos foi muito difícil e
doloroso para a cidade de Porto Alegre do ponto de vista do tempo que levou o
debate e os diversos conflitos que houve com a população do carnaval, as demais
culturas e as demais etnias. Por um processo muito forte, muito justo e muito
tranqüilo do Plano Diretor, da democracia participativa, chegou-se à decisão -
não contemplando a todos, mas foi uma decisão democrática - de alocar lá no
Porto Seco o Complexo Cultural do Carnaval, que não é um complexo para viver e
ser vivido somente na semana do carnaval, é um complexo para viver e ser vivido
nos 365 dias do ano, sob a égide da cultura do carnaval.
Quem é que faz carnaval nesta Cidade, Ver. Dr.
Goulart? A maioria da população que faz carnaval é a população da periferia, é
a população que traz nos seus veios a descendência africana e que trouxe,
incorporou na nossa cultura todo um potencial cultural através da música,
através da expressão, através da realização da atividade cultural. As obras do
Complexo Cultural do carnaval, Ver. João Dib, não estão em andamento como V.
Exª diz, as obras estão paralisadas.
E aproveito - V. Exª é da base do Governo - para
dizer que não podemos deixar acontecendo lá o que está acontecendo, autorizado
pelo Executivo, os “rachas” de automóveis ou os “pegas” de automóveis em pleno
Complexo Cultural do carnaval. Não dá. No momento em que se destina um recurso
- e quem está destinando esse recurso é nada mais nada menos do que a Verª
Margarete Moraes, que foi Secretária da Cultura desta Cidade, que conduziu esse
processo pelo Governo até então -, em que se propõe aqui, fraternalmente, a
trazer esse potencial para que seja incorporado pelo atual Governo, é feito um
rechaço do ponto de vista sectário, é difícil de contribuir.
Quero dizer que a oposição responsável é aquela que
faz os projetos que são qualificados e corretos avançarem. Essa é a função
desta Emenda. Digo mais: nós aprovamos neste ano, nesta Casa, por iniciativa
deste Vereador, uma proposta que cria a Universidade Popular do Carnaval. Isso
para utilizar o Complexo Cultural do Porto Seco, que tem um investimento total
de 72 milhões de reais, a fim de que possamos fazer com que esse Complexo
funcione como uma escola de qualidade do ponto de vista do resgate da cultura
do carnaval, do ponto de vista do resgate da cidadania de centenas e milhares
de jovens que são marginalizados hoje e que são atraídos com o tema do
carnaval; que possamos formar lá o arquiteto do carnaval, o estilista do
carnaval, o músico do carnaval.
Dr.
Goulart, V. Exª é um carnavalesco, pedimos o apoio não só de V. Exª, como da
Bancada do PDT; Ver. Sebenelo, V. Exª é um construtor da Cidade do ponto de
vista da sustentabilidade ambiental e vem a esta tribuna com muita autoridade e
a assim defende, essas Emendas têm o objetivo de qualificarmos, qualificarmos e
qualificarmos... Essa é a nossa posição, a do Partido dos Trabalhadores. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 23
ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, volto novamente a
ocupar esta tribuna para tentar esclarecer alguns detalhes. Primeiro, a Emenda
que a Verª Margarete coloca - uma obra do Porto Seco - já está prevista, e a
obra do Porto Seco está em andamento, Vereadora. Quero-lhe dizer, primeiro, que
a cidade de Porto Alegre reconhece o seu trabalho, feito ao longo desses anos,
conhecemos a sua identificação com a cultura da cidade de Porto Alegre, sabemos
do seu empenho, inclusive, para fazer do Complexo Cultural do Porto Seco um
lugar de promoção de eventos. E o Prefeito Fogaça reconhece, sabe e quer
continuar o andamento das obras do Porto Seco, até porque tem mais uma preocupação
- e V. Exª sabe, os Vereadores e Vereadoras sabem. Recentemente, ocorreu uma
invasão à área lindeira do Porto Seco. Então, o que se quer, cada vez mais, é
buscar a ampliação das obras, e que, realmente, o Porto Seco possa ser um local
de atividades sistemáticas para uso da coletividade de Porto Alegre, porque, na
medida em que isso ocorrer, tenho certeza de que parte daquela invasão vai
deixar de existir.
Então, nós queremos, mais uma vez, reconhecer o seu
trabalho, o seu mérito. Há o reconhecimento da cidade de Porto Alegre pela
promoção da cultura que V. Exª faz, mas, ao mesmo tempo, queremos dizer que as
obras do Porto Seco estão em andamento. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
(Manifestação anti-regimental.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Emenda é
destacada pelo Líder, mas quem fala pela Bancada é o Ver. Carlos Comassetto. Fala como autor do destaque o Ver. Carlos
Todeschini.
Aqui há uma disposição, e
vamos colocar que, no encaminhamento da votação de proposição por parte
destacada, poderão falar, pela ordem, o autor do destaque, o autor da
proposição e Líderes de Bancada.
Eu entendo, Vereador, e
nós estamos debatendo essa matéria, que o fato de dizer “pela ordem” aqui é
apenas para explicar a ordem, não é que deva ser na hora do encaminhamento.
Entendo assim, salvo melhor juízo. Portanto, Ver. Professor Garcia, nós não
temos outra alternativa a não ser conceder a palavra ao Ver. Carlos Todeschini.
O Ver. Carlos Todeschini
está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 23 ao PLE nº 026/05,
destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Obrigado, Sr. Presidente, eu quero destacar a
sua postura sempre correta, regimental, legal na condução dos trabalhos desta
Câmara. Isso tem sido muito importante para o bom equilíbrio, para a garantia
do debate democrático, para a garantia da exposição de idéias. Nós, que somos
Bancada minoritária aqui, que temos sete Vereadores do PT e dez da Frente
Popular, representamos 47% da vontade da Cidade, que são aqueles que não são
maioria, mas uma minoria que é muito próxima do equilíbrio e que pode, a
qualquer momento, se tornar maioria. O Regimento é o resguardo das minorias, é
a garantia do bom debate, e esta Câmara não pode se furtar de fazer esse
debate. Por isso nós fizemos esta Emenda, Verª Sofia, por isso fizemos esse
conjunto de Emendas, queremos expor as nossas idéias, queremos apresentar
nossos argumentos para a Cidade e queremos também alertar o Governo a respeito
dessas preocupações, ainda que o Governo tenha sido insensível para aceitar as
proposições, os destaques, os alertas que nós fazemos, porque todas as Emendas
visam melhorar a Cidade, todas elas visam recuperar, incentivar e apoiar
programas.
O que nós temos que estar alerta e cuidar para que
não aconteça na Cidade é aquilo que está acontecendo, por exemplo, em São
Sebastião do Caí, com a Azaléia, em que o ex-Governador Antônio Britto acabou,
depois de anunciar que não fecharia mais uma fábrica de calçados, eliminando os
empregos daquela cidade, e não é só pelo argumento da crise regional, porque
estão transferindo as fábricas para o Nordeste. O que eu quero dizer com isso?
Cuidado! Não deixem fazer com o Porto Seco aquilo que fizeram com o Rio Grande
na época do Governador Britto; não deixem fazer aqui na cidade de Porto Alegre
aquilo que estão fazendo com a Azaléia, comandada pelo ex-Governador Antônio
Britto.
Por quê? Exatamente porque os mesmos que comandaram
o Governo Antônio Britto cá estão comandando a Prefeitura de Porto Alegre neste
momento, e eles são prenhes de equívocos. Por exemplo, nessa questão do Porto
Seco, Verª Margarete Moraes. A senhora muito se dedicou, empenhou-se nessa
batalha, e eu acompanhei a sua liderança para conseguir viabilizar a Pista de
Eventos. Era uma reclamação histórica, reivindicação antiga dos carnavalescos
de nossa Cidade, que fez com que a Cidade priorizasse e realizasse o
investimento. Foi um investimento vultoso, foram mais de quarenta milhões de
reais aplicados na obra, uma obra que inclusive organiza aquela parte da
Cidade.
Mas infelizmente, como muitas outras coisas, ela
passa a não ter prioridade pelo atual Governo e passa a ser descuidada -
descuidada na prioridade dos investimentos. Ela passa a ter descuido na
manutenção e conservação, tanto é que grande parte da obra foi depredada, foi
degradada, foi destruída pela ação do vandalismo nesses últimos meses, dentro
deste ano, dentro do atual Governo. Isso é inaceitável, inadmissível, porque é
um equipamento novo, da mais alta importância, cujo Projeto prevê uma expansão,
ao longo dos anos. E tem de haver, sim, investimentos prioritários, Ver. Adeli
Sell, porque havia toda uma concepção de desenvolvimento, de geração de renda,
de programas educacionais, de programas culturais, todo um desenvolvimento
articulado e protagonizado a partir da obra Pista de Eventos no Porto Seco.
Foram anos e anos de debate para a escolha, de Audiências Públicas, de luta
para o licenciamento. E, uma vez todas essas etapas cumpridas, esses programas
que são essencialíssimos para aquelas comunidades, para a comunidade
carnavalesca e para o povo de Porto Alegre têm um tratamento de desleixo, de
indiferença.
Por isso eu reafirmo: não deixem acontecer com a
Pista de Eventos em Porto Alegre o que aconteceu no Rio Grande do Sul e o que
aconteceu com a Azaléia aqui, porque nós precisamos de um outro e melhor
destino para a nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 23, ao PLE nº 026/05,
destacada pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADA
por 12 votos SIM e 18 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 27, de autoria da Verª
Margarete Moraes, ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
(Lê.) “Especificação: equipamentos e material permanente. Valor: 50 mil reais.
Unidade Orçamentária: Secretaria Municipal de Coordenação”. (Pausa.)
A Verª Margarete Moraes, como autora, está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 27 ao PLE nº 026/05, destacada
pelo Ver. Carlos Todeschini.
A SRA. MARGARETE MORAES: Antes um
esclarecimento: eu ofereci três Emendas - fui bastante modesta -, e esta é a
terceira. Eu queria registrar, sobretudo ao Ver. João Antonio Dib, que, no ano
passado, foram apresentadas mais de trezentas Emendas pela então oposição nesta
Casa. Então, não podemos vir com essa idéia de que não é possível apresentar
emendas, e muitas foram aprovadas, inclusive pela situação, negociadas com o
nosso Governo.
Queria falar ao Ver. Professor Garcia: por favor,
Garcia, eu tenho muito respeito por V. Exª, pelo seu trabalho, acho que foi uma
perda para Frente Popular a sua saída, que foi suprida pela Verª Maristela. Nós
também perdemos uma Vereadora do nosso Partido, foram perdas para nós, mas não
me refiro a números, a quantidades, estou me referindo à qualidade. Agora, não
muda em nada a impressão que tive de Vossa Excelência. Mas eu também sou inteligente,
acho que nós poderíamos, a Bancada do PT, maquiavelicamente dizer assim:
“Quanto pior, melhor: nós iniciamos as coisas, eles não deram continuidade, e
nós vamos conquistar a Cidade através dessa continuidade”. Isso poderia ser uma
idéia nossa, mas não agimos assim, nós gostamos da cidade de Porto Alegre e
estamos aqui lutando, com a maior sinceridade, para que haja continuidade, para
que aquilo que é bom seja aperfeiçoado, e é esse o caso do Complexo Cultural do
Porto Seco. Para aquilo que é considerado bom, não há mais dinheiro para
continuar, e vai se acabar, está absolutamente degradado.
Agora esta outra Emenda que estou apresentando é em
relação aos prédios públicos da cultura, todos eles. Não é uma Emenda para uma
coisinha, porque o Atelier Livre comporta setecentos alunos, mais de mil
alunos. A Usina do Gasômetro são doze mil metros quadrados de atividade
cultural. São todos equipamentos que dão atendimento público, não são
equipamentos para uso administrativo ou burocrático, são para receber pessoas e
para que aconteça atividade cultural nesses equipamentos.
O Arquivo Histórico, a Usina do Gasômetro têm um
trânsito com muita gente; e qualquer mulher ou homem que têm uma casa, que têm
de cuidar, sabe que a casa deteriora, que tem de haver conservação, que tem de
haver manutenção. Então, os prédios públicos estão deteriorados, e isso é
normal. Eles precisam de pintura, precisam de conserto, precisam de banheiros
adequados ao público. Eu sou absolutamente contra que o Centro Cultural Público
deva ser sujo, com banheiro estragado. O Centro Cultural, a escola pública
devem ser espaços confortáveis, e a Verª Neuza, quando foi da SMED, sempre
cuidava muito da limpeza; ela dizia que sabia quem era a Diretora só por olhar
os vidros da escola. Eu acho que nós temos de ter esse cuidado também, além de
toda a política cultural, e foi um desastre a Conferência Municipal da Cultura,
sobre isso vou me referir em outro momento.
Então, eu estou prevendo cinqüenta mil, é uma
janela, apenas alguma coisa no quadrado para poder suplementar depois, através
até da Governança Solidária de patrocínio, mas tem de estar previsto na Peça
Orçamentária um mínimo possível para que haja essa recuperação. É esse o
sentido da Emenda, é o sentido da responsabilidade que nós temos de ter e da
nossa disposição, da Frente Popular, de contribuir, de enriquecer esta Cidade,
de não deixar cair o que foi feito. Não considero que tudo tenha sido perfeito,
mas nós temos uma experiência bem sucedida de dezesseis anos, nós queremos
menos arrogância por parte do Governo e que aprendam com aquilo que foi bem
feito.
Ver. Dr. Goulart, eu quero lamentar a sua ausência
nesta sala quando da votação da Emenda do carnaval e da Emenda do salário do
funcionalismo público de Porto Alegre. Infelizmente essa foi a sua postura.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 27
ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, de forma bem clara,
essa situação é idêntica à anterior, e a Verª Margarete colocou que eu havia
vetado. Verª Margarete, eu quero ressaltar, mais uma vez, que, quando do seu
Relatório, a Verª Maristela Maffei fez uma Subemenda a Emenda nº 027. E o que
diz a Verª Maristela Maffei no seu Relatório? (Lê.) “Altera-se, no quadro
Destino dos Recursos, a Unidade Orçamentária, que passa a ser 1003”. Qual é a
justificativa da Verª Maristela Maffei? “A presente Subemenda busca corrigir a
Unidade Orçamentária, que foi erroneamente informada”. Quem diz isso não é este
Vereador, mas a própria Verª Maristela Maffei. Só quero fazer essa correção,
porque pode passar a idéia de que nós estamos rejeitando tudo por rejeitar, e
não é isso.
Verª Margarete Moraes, quero fazer a proposta de
que V. Exª converse com o Secretário de Governança Local para que possa ser
contemplada, já que V. Exª é uma das mais altas autoridades na área da Cultura.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 27 ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver.
Carlos Todeschini.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero aqui
dizer, Verª Clênia - que responde pela base do Governo -, por que insistimos em
debater cada uma das Emendas rejeitadas.
Nós não ouvimos, na construção do Orçamento do
Governo, qual é, na verdade, o tratamento, qual a priorização, como será
trabalhado o Orçamento para o ano que vem. Aqui há muitos valores fechados de
investimento. Se tivesse uma fala que viesse à tribuna com menos respostas
formais, Ver. Professor Garcia, com respostas de compromisso político: “Olha,
esta Emenda não está aprovada, porque na Zona Norte a construção que fizemos
com o Orçamento Participativo priorizou isto, isso e isso para a construção no
ano que vem”. Não temos nenhuma sinalização de qual é o diálogo que o Governo
está fazendo para construir as prioridades, quais obras serão realizadas no ano
que vem, entre obras atrasadas e o PI-2006.
Na Educação, não temos notícia de como vamos
resolver a questão do Cemet, como vão encaminhar a construção de creches
comunitárias; aliás, temos o inverso, as creches não são uma prioridade,
teremos de buscar parceria. Então, retiram-se direitos e conquistas desta
Cidade.
Esta Emenda da Verª Margarete objetiva garantir ao
Governo a condição de manutenção e a compra de equipamentos públicos de
cultura. Ora, será que isso não é preciso? Qual é a resposta política, objetiva
deste Governo diante da depredação que nós estamos enxergando? Eu quero frisar:
nós fomos dar uma olhada na Conferência de Cultura, que aconteceu na Usina do
Gasômetro, e eu me assustei com as condições da Usina. Na sala 209, todas as
cortinas estão detonadas, Verª Neuza, e lá bate um sol lindo de fim de tarde,
e, sem as cortinas, a sala torna-se inviável de ser usada à tarde. As cortinas
foram todas estragadas, todas! São cortinas enormes, compridas e caras. As
paredes estão todas riscadas, rasuradas, e foram colados cartazes.
Há uma proposta nova, a Usina foi toda distribuída
entre grupos, em editais feitos no verão, sem transparência, sem publicização;
os critérios são nebulosos. Inclusive tivemos notícias de que há dificuldades
para se acessar as salas, e salas que eram de encontros, reuniões, salas
públicas. Há grupos que, com todo o mérito, precisam de apoio, de espaço, são
excelentes, mas não é essa a questão. Esses grupos se utilizam daquele espaço
para ensaio, para a produção dos seus espetáculos, havendo, então, uma
privatização de toda a Usina, Verª Neuza. Está toda distribuída entre grupos.
E a Usina do Gasômetro está estragando, está sendo
deteriorada. E esse espaço é para nós um bem cultural muito precioso. Ele é o
contraponto, é a outra ponta do Theatro São Pedro, é muito lindo. O Theatro São
Pedro, que tem toda a pompa, aquela idéia do espaço que acolhe o espetáculo de
excelência, e a Usina, como um lugar que tem o mesmo peso, a mesma importância
que o Theatro São Pedro, que deveria ser um espaço da inclusão da cultura,
aberto a todos, sem ingresso, sem a barreira do formal. Então é uma
preciosidade, uma conquista da Cidade que está deteriorando.
E poderia falar, a Verª Margarete também já falou,
o que nós estamos vendo em termos de cultura nesta Cidade. O que aconteceu com
o Funproarte, que bem tinha algum atraso no final do ano passado, mas está
neste ano inviabilizado. Todos os projetos que foram selecionados nesse
importante mecanismo de investimento na Cultura estão inviabilizados. Recém o
primeiro repasse, no fim do ano, foi feito. Como é que vai sair um espetáculo
que tinha de ser preparado, produzido, com as salas agendadas? Então, foram
inviabilizados todos os projetos vencedores no edital.
A Conferência da Cultura foi um verdadeiro
escândalo. Se essa é a visão de participação popular da Cidade, nós queremos
dizer que somos muito contrários a ela. Uma Conferência que não teve nenhum
peso político para ser organizado, na abertura não havia um palestrante que
fosse de peso para discutir as questões da Cultura, isso numa Conferência que
faz parte de um processo que o Governo Federal está fazendo de debate da
Cultura neste País. A Cidade, a Secretaria se deram conta em cima da hora,
depois de terem assinado um protocolo com o Governo Lula, de que estavam
fazendo a Conferência Municipal depois da Estadual, e Porto Alegre, que tem uma
história de participação na cultura, que é a temática, Verª Margarete, mais
numerosa, deu o maior público este ano, o maior número de delegados, sequer ia
tirar delegados, e aí a Conferência foi chamada, por Decreto, um dia antes da
Estadual, e, como ocorreu no fim de semana, foi esvaziadíssima.
Então, de fato, é uma tristeza o que nós estamos
vendo, o desmonte na área da Cultura. E, aqui, esse esforço pequeno que a Verª
Margarete propõe nem mesmo é acolhido. Esse é o sentido das Emendas, não é
outro; não é atrapalhar, não é trazer morosidade. Nós perdemos foi muito tempo
durante o ano, com inúmeras homenagens, fora do momento e, agora, queremos
discutir com seriedade, com vagar, com profundidade o Orçamento que está sendo
votado este ano.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 27 ao PLE
nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e assistência, sou obrigado a fazer aqui uma
discussão com o Ver. Professor Garcia, que esteve antes na tribuna, porque há
incoerências, Verª Margarete, em relação àquilo que é dito aqui e aquilo que é
feito. Com critérios iguais, o Vereador chegou a resultados diferentes. Por
exemplo: o Vereador aprovou a Subemenda nº 99 sem ter aprovado a Emenda
referida. Como pode isso, Ver. Professor Garcia? Vossa Excelência está
equivocado no meu entendimento.
Várias Emendas, da nossa Bancada, foram rejeitadas
com o critério de estarem fora da Unidade Orçamentária devida, mas as Emendas
de outros Vereadores, por exemplo, foram aprovadas com esse critério. Então,
para a nossa Bancada, Ver. Oliboni, não valeu, e para outras Bancadas - cito
aqui várias Emendas de outras Vereadores - por que isso foi possível? Então não
dá. Ainda que tenha razão, eu creio que o Relator deva ter coerência, os
critérios têm que ser os mesmos para todos, do contrário não vale, Verª
Maristela. Aliás, cumprimento-a pelo trabalho feito, pelo brilhante trabalho,
sei que o seu trabalho foi um trabalho de qualidade, um trabalho sério. Agora,
eu estou aqui e quero que o Governo venha nos explicar por que foi feito isso.
Cito e dou nome aqui. A Emenda n° 99, que foi rejeitada, teve a Subemenda n° 99
aprovada. É possível isso? Está aqui no Relatório, não sou eu que estou
inventando. Está aqui no Relatório entregue.
Da mesma forma, por que o critério utilizado para
rejeitar as Emendas da Verª Margarete Moraes foi aprovado quando apresentado
pelo Ver. Mario Fraga, que também está em desacordo com o enquadramento na
Unidade Orçamentária? Então, evidentemente, teve um juízo, eu creio - não pode
ser diferente - que um juízo político, uma escolha, uma prioridade que
beneficia a quem? Os amigos do Governo. E nós estamos aqui para seguir regras,
regimentos e leis, em que o critério particularista não pode ser o que preside
as ações. Ao contrário, nós temos que ter em vista aquilo que, a partir da lei,
pode ajudar a beneficiar e melhorar a Cidade. É por isso nós fizemos as
Emendas, por isso as nossas Emendas têm todas questão de critério, ordem de
prioridade, Orçamento Participativo e orientação para enquadramento legal.
Então foi feito, na verdade, um juízo político, porque, de forma
anti-regimental, Emendas foram incorporadas, e, de forma diferenciada, foram
rejeitadas Emendas que deveriam ser incorporadas, porque esse critério devia
valer sempre e da mesma forma.
Eu não ia usar este espaço, mas identifiquei o erro
brutal, a distorção, e venho aqui para protestar. Não vale o critério: para os
amigos, tudo; para os adversários, para os inimigos - talvez, como o Governo
nos ache - a lei, a dura lei, a severa lei que passa e ultrapassa os limites do
aceitável inclusive. É essa a manifestação em nome de quem fez o destaque. Eu
não pretendia usar o espaço, mas me vi obrigado a fazê-lo, porque identifiquei
essas incoerências graves por parte do atual Relator. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 27 ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos
Todeschini. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM e 18 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 36, de autoria do Ver. Adeli
Sell, ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) O Ver.
Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 36 ao PLE
nº 026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. ADELI SELL: Colegas
Vereadoras e Vereadores, Presidente
Elói Guimarães, como Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, eu
não poderia deixar de ter um olhar especial para os Conselhos Municipais, e nós
não poderíamos deixar que o Conselho de Educação, que o Conselho Municipal de
Cultura ficassem completamente a descobertos diante das grandes dificuldades
que nos foram trazidas por Conselheiros em Reunião da Comissão de Educação,
Cultura e Esportes.
Nós mantivemos, neste
ano, um debate profícuo com esses Conselhos e, permanentemente, verificamos que
as suas condições de trabalho são inadequadas, são insuficientes para as
tarefas que têm, porque os Conselhos Municipais de Cultura e Educação precisam,
sistematicamente, se reunirem, precisam fazer averiguações, e as condições que
lhes são dadas são precariíssimas. Houve, inclusive, a queixa de que, quando
necessitam de um automóvel para alguma atividade, a Administração não dá, não
tem condições, ou seja, foram retirados aqueles requisitos mínimos para o seu
bom funcionamento. Por isso fiz esta Emenda e desafio o Relator a mostrar-me se
há algum erro técnico, porque não aceito veto político às Emendas -
pouquíssimas - que fiz.
No Plano Plurianual, eu
fiz algumas Emendas que foram rejeitadas. Nem questionei, porque cabe ao
Governo apresentar o seu Plurianual, e cabe a mim, como Vereador, fiscalizar.
Na LDO, não fiz uma Emenda sequer. Agora, no Orçamento, quando faço Emendas com
qualidade, com cuidado técnico e diante das necessidades... Considero um veto
político, por isso eu me rebelo. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada
por esta Presidência, a Emenda nº 36, de autoria do Ver. Adeli Sell, ao PLE nº
026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) (Após a chamada
nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM e 23 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 37, de autoria do Ver. Adeli Sell, ao PLE nº 026/05, destacada
pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADA por 11 votos SIM e 22 NÃO.
Emenda nº 68 ao PLE nº 26/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto (Lê.): “Esta Emenda tem por objetivo gravar recursos para conclusão dos estudos e projetos para viabilizar efetivamente o Parque Arroio do Salso...”.
Em votação a Emenda nº 68, de autoria do Ver.
Carlos Comassetto, ao PLE nº 26/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
(Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação
da Emenda nº 68 ao PLE nº 026/5, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; colegas Vereadores, colegas
Vereadoras, prezado público que nos assiste, a Emenda que apresentamos aqui, no
sentido de contribuir com a Cidade, de consolidar uma política de
desenvolvimento sustentável e uma ação objetiva e clara no campo ambiental de
Porto Alegre, objetiva dar continuidade ao gravame da área do Parque Arroio do
Salso.
O arroio do Salso, hoje, é a maior bacia de Porto
Alegre que ainda tem as suas nascentes preservadas e que pega desde a Região de
Belém Velho, do Rincão, passando pela Lomba do Pinheiro, vai até o morro São
Pedro, engloba toda a Restinga, pega o Chapéu do Sol, vai até a Ponta Grossa
pela outra margem, passa Serraria, Aberta dos Morros, Urubatã, Morro Tapera,
formando a maior bacia hidrográfica, ou sub-bacia hidrográfica, da cidade de
Porto Alegre.
Hoje nós temos o Sr. Secretário Beto Moesch
representando o Município no Canadá, o Vereador foi um dos maiores críticos,
nesta tribuna, das políticas ambientais da cidade de Porto Alegre, juntamente
com o Ver. Sebastião Melo. Eles entraram no Ministério Público durante o
processo eleitoral, dizendo que o processo de balneabilidade do Lami e de Belém
Novo era uma farsa. Esse mesmo Secretário que nos representa hoje no Canadá,
defendendo a melhor política ambiental das cidades brasileiras - e uma política
ambiental não é construída do dia para a noite, é um processo -, deu entrevista
na semana passada nos jornais da Capital dizendo que, Ver. Mario Fraga, a sua
comunidade, Belém Novo, estava apta para a balneabilidade, bem como o Lami.
Eu pergunto: quais foram as novas obras feitas
nesta gestão para garantir essa balneabilidade? Zero. Portanto nada como um dia
depois do outro para discutirmos Projetos, através do Orçamento, que venham a
qualificar a Cidade.
Verª Mônica, V. Exª que está aqui assumindo a
cadeira em substituição ao Ver. Beto Moesch, nós temos dialogado em conjunto
com o Secretário. Essa é uma medida que vem qualificar a Cidade e que não está
contemplada no atual Orçamento, para conseguirmos avançar. E nós propomos
projetos para fazer os estudos e o gravame no que nós chamamos Parque Arroio do
Salso. Ver. João Dib, V. Exª é engenheiro e já foi Prefeito desta Cidade;
demais colegas; Ver. Professor Garcia, que é da região Sul também, de Ipanema;
V. Exas. sabem que, se nós não planejarmos uma visão de futuro com dez, vinte,
trinta, cinqüenta anos de antecedência, não construiremos uma Cidade sob o
ponto de vista da sua sustentabilidade. O nosso parque mais querido, o Parque
Farroupilha, só existe hoje no coração de Porto Alegre porque foi pensado
estrategicamente.
Verª Clênia, negar esta Emenda, que afirma um
princípio de demarcarmos, iniciarmos estudos para construir o Parque Arroio do
Salso, é estar negando a história e o futuro da cidade de Porto Alegre. Sob o
ponto de vista de um instrumento como esse, que é o Orçamento municipal, nós
também devemos orientar e trazer temas interessantes em relação ao planejamento
passado, atual e futuro. Porto Alegre tem que continuar crescendo, tem que
continuar sendo sustentável, e, para isso, temos que ter coerência nos projetos
e coerência política. Não tratarmos o Parque Arroio do Salso, tal qual o que já
foi feito por nós - para concluir, Sr. Presidente -, e já está gravado no Plano
Diretor por ação do Fórum de Planejamento da Região 8, é negarmos a história.
Portanto, defendo aqui, sim, não a disputa de
campos políticos, mas, Ver. Braz, uma coerência de construção de um Projeto
futuro. Depois que tiverem todas as margens do arroio do Salso ocupadas, não é
aí que vamos trabalhar para fazer o seu gravame; temos que nos antecipar e ser
protagonistas da história da Cidade sustentável. Ver. João Dib, conto com seu
voto pela coerência ambiental da cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 68 ao PLE nº 026/05, destacada pelo Ver.
Carlos Todeschini.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, esta Emenda de autoria do Ver.
Comassetto e destacada por nós reforça uma idéia de visão de Cidade, uma visão
de Cidade que deve, no nosso entendimento, ser preservada. O Programa Integrado
Socioambiental também, na concepção geral, previa contemplar a preservação
integrada da bacia do arroio do Salso, uma das mais importantes da Cidade, uma
bacia que ainda se encontra em condições naturais de se manter como principal
contribuinte de águas, talvez, da cidade de Porto Alegre, como um curso
natural, para alimentar o Guaíba. E nós não podemos, depois do que nós vimos
acontecer na Amazônia este ano, dizer que, pelo fato de o lago Guaíba ter
bastante água, isso não seja importante, Ver. Brasinha, porque lá está 8% da
água do mundo, e os rios secaram - V. Exª viu -, os peixes morreram, os
mosquitos apareceram, e o povo, que só pode andar de canoa, de barco, de
lancha, ficou sem as vias.
(Manifestação anti-regimental do Ver. João Antonio
Dib.)
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Tem a ver, sim, Ver. João Dib! A preservação do arroio do Salso é uma
necessidade ambiental - V. Exª há de concordar comigo - que destaca de forma
importante nossa Cidade, que ajuda a produzir, por exemplo, os nossos
balneários. Foi muito bem lembrado aqui pelo Ver. Comassetto que, quando éramos
situação, com o esforço todo que fizemos para entregar os balneários do Lami,
de Belém Novo, para a cidade de Porto Alegre, não faltaram Vereadores que jogavam
na contra-informação falsa, mentirosa, para jogar confusão, para jogar
descrédito na Administração com relação a essas importantes realizações.
Pois hoje o Ver. Beto Moesch está lá no Canadá,
mostrando as grandes realizações da cidade de Porto Alegre. Há poucos dias,
anunciou a maravilha dos balneários de Porto Alegre, Ver. Brasinha. Belém Novo
inclusive terá um circuito de atletismo no próximo domingo pela manhã - e lá
estarei -, com mountain bike, natação, corrida, várias
modalidades, porque essas foram atividades desenvolvidas por nós, na época,
para fazer com que a Cidade tomasse novamente contato com aqueles balneários e
se reencontrasse com o lago, que há muito custo nós conseguimos despoluir no
Lami e em Belém Novo.
O Programa Integrado Socioambiental pretende
estender essa despoluição para Ipanema e para outras praias da cidade de Porto
Alegre. Ipanema é particularmente afetada pelo Salso, porque o delta do Salso é
em Ipanema, no Guarujá, mais precisamente. A água contaminada do Salso
contamina o balneário de Ipanema, aliás, o mais bonito dos balneários de Porto
Alegre, que, com todas as obras, com os investimentos, com a qualificação e com
a beleza natural que representa, é uma dádiva para a Cidade.
Então, está certo, sim, o proponente da Emenda, no
sentido de que o Governo devia ter isso como prioridade, porque, se Porto
Alegre quer afirmar os seus valores como Cidade acolhedora, Cidade turística,
Cidade limpa, Cidade bela, ela precisa cuidar dos seus recursos naturais. E a
água, juntamente com os morros, com a natureza, com a beleza da Cidade e de sua
gente, é um fator de grande força, sim! Ninguém quer ir para um lugar em que há
dengue, malária, onde há doenças, onde há violência; as pessoas querem ir para
os lugares belos, agradáveis e saudáveis. Para isso, o Guaíba precisa ser
despoluído, e isso começa, também, pela preservação do arroio do Salso, razão
pela qual temos que aprovar esta Emenda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 68, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, ao PLE nº
026/05, destacada pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) (Após a chamada
nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM e 19 votos NÃO.
Visivelmente não há quórum. Convido os Srs.
Vereadores e as Sras Vereadoras para a Sessão Ordinária de hoje à
tarde, para prosseguirmos com a votação do Orçamento e com as demais matérias
objeto da Ordem do Dia. Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 12h05min.)
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